Em Defesa do Evangelho

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Um dia, eu, um "Skinhead" e minha esposa que era espírita, fomos conhecer a Desafio em Cristo.


Deus nos devolveu a vida e restaurou o nosso lar!
Meu nome é Rosana e desde a minha infância aprendi a buscar a Deus no espiritismo, pois toda minha família era espírita e mesmo tendo uma religião, brigávamos muito não importava a data, dia das mães, natal, éramos distantes uns dos outros!

Fui criada com muitos medos, o que fez com que arrumasse um namorado só aos 18 anos. Como namorado, arrumei um jovem, que tinha uma vida complicada, ele bebia muito e freqüentava certos lugares com um único o objetivo: arrumar brigas.

Nesse mesmo tempo, tudo ia de mal a pior, meu namorado fazia terapia, pois estava com depressão e resolvi ficar do lado dele e aos 20 anos, mesmo contra a vontade de todos, casamos. Ajuntamos todos os papéis necessários e casamos no civil, mesmo diante de conselhos que diziam: " - não vai durar seis meses!"

Meu marido era muito nervoso e violento. Quando ele ficava assim, me trancava no banheiro e ali ficava até ele se acalmar, chorava muito com essa situação, pois tinha muito medo dele. Minha vida era triste e sem esperança.
Marcelo

Meu nome é Marcelo, e como a maioria dos garotos de origem humilde, comecei a trabalhar desde muito cedo, aos meus 11 ou 12 anos, fazia vários bicos e me sentia muito importante por causa disso. Minha mãe sempre se preocupou com os filhos, pois não queria que nós nos enveredássemos por caminhos errados; já com meu pai, o relacionamento não era nada bom, pois era sempre muito ausente.

Comecei a conviver na rua uma boa parte do tempo, e as amizades da vizinhança não eram nada boas. Logo, me auto intitulei por "função," movimento da época, cujos jovens, com um revólver 38 na cintura eram idolatrados pelos demais jovens. Cortei meu cabelo, fiz uma "risca," coloquei roupas parecidas com as desses garotos e pronto! Lá estava eu no "nipe," como diziam. Comecei a falar gírias de malandragem e freqüentar bailes onde bastava você olhar para uma menina acompanhada e pronto, você já era, estava morto. Essa era a lei da periferia, olhava e você morria. Realmente algumas mortes aconteceram nessa época. Alguns de meus amigos foram mortos, ou pela polícia, ou por outros "funções."

Com medo de ser o próximo, resolvi mudar de amizades, e as novas amizades que fiz, eram mais tranqüilas, passei a ouvir e a fazer o que eles gostavam. Ouvia muitas músicas do conjunto "Sepultura" e outras bandas do gênero, esses meus amigos saíam com freqüência e eu sempre com eles. Eles bebiam muito e eu acabei adquirindo esse vício também, falávamos que era para dar mais emoçÃo, muitos deles tinham carros, motos e fazíamos muitos "rachas" pela cidade, vivíamos metidos em confusão. Nessa época virei pichador e meu nome de guerra era "cebola."

Parei de estudar, as baladas se tornaram freqüentes e vários de meus amigos começaram a aumentar o consumo de drogas. Do rock que ouvia, surgiram outras tendências, e fui descobrindo outros movimentos e ideologias. Comecei a mudar meu modo de vestir, de cortar o cabelo e de encarar a vida.

Uma das bandas que me influenciou foi a "Garotos Podres." Nessa época me identifiquei demais com a revolta contra o sistema, contra o consumismo, contra a influência norte americana e assim fui de mal a pior. Foi nessa mesma época, que conheci um movimento originário do ABC chamado "Carecas de subúrbio" mais popularmente conhecido como "Os carecas do ABC." Ou seja, me tornei um SKINHEAD!

Tinha meu próprio "tchaco." com um enorme prego infincado na ponta. Interessei-me por "Kung-Fu." Saíamos nas noitadas e por nada, já acontecia pancadaria. Só não me batizei no famoso "dia-do-OI" porque sabia que iria passar por coisas muito desagradáveis, mas mesmo assim, fui aceito pelo grupo e passei a ser um careca do ABC!

Quanto mais os dias se passavam, maior se tornava minha agressividade, e muitas vezes, mesmo sem ter motivos tinha vontade de sair quebrando tudo! Era algo incontrolável. O sentimento de pavor que causava nas pessoas me fazia muito bem, ia a shows só para dar chutes e cotoveladas nas pessoas e não demorou muito e os primeiros sinais de depressáo começaram a aparecer em minha vida. Já era o que mais participava de "viras" Ou seja: Nada me derrubava, bebia todas e havia me tornado um alcoólatra com menos de 18 anos!

Fiz terapia por um bom tempo, e assim que parei com as consultas com o terapeuta resolvi me casar. Nessa época, tinha apenas 19 anos. A depressão profunda que sentia fazia-me sentir como o pior dos seres humanos, e achava que todos os problemas eram por minha culpa e pensava constantemente em tirar a própria vida.

Com o passar do tempo, troquei meus antigos hábitos por outros piores. De "campeão de Vira" comecei também a freqüentar diversos lugares de pornografia e prostituição, mesmo sendo casado! Conheci desde as mais requintadas boates de strip-tease da rua Augusta, como as "bocas de lixo" da Avenida São João. Acho que conheci todos os lugares de prostituição da cidade de São Paulo! Era um cara viciado em sexo, pornografia, filmes pornôs, revistas pornográficas e sex-shop.

Minha Esposa Rosana, sofria com essa situação, pelo menos por duas vezes a agredi fisicamente, e o fazia também com palavras por diversas vezes. Uma das certezas sobre minha vida, que tinha desde minha infância, era de que não viveria muito tempo e diante de todas essas situações, eu estava certo de que morreria logo.

Nesse quadro, passei a fazer minha segunda terapia, dessa vez, os métodos eram bem diferentes; coisas relacionadas a cromoterapia, energias etc. Não tive nenhuma melhora, muito pelo contrário eu só piorava.

Certa ocasião quando estava trabalhando, passei muito mal e fui levado às pressas ao pronto socorro e tive que ficar 15 dias de licença. Quando retornei ao meu trabalho, encontrei um homem na rua que me parou e disse: " - Deus tem uma obra a fazer em sua vida!" Não entendi nada, mas exatamente um ano depois desse ocorrido, após mais uma das brigas que tive com minha esposa, fui convidado por um colega de serviço a conhecer um lugar com ele, e lá fui eu conhecer a "Desafio em Cristo."

Estava sentado ouvindo o que a pastora Vânia estava dizendo, quando ela vira pra mim e diz: " - O Senhor tem uma obra pra fazer em sua vida" e completou: " - Você já ouviu isso antes!" Fiquei impressionado, foram as mesmas palavras ditas por aquele desconhecido a exatamente um ano atrás. Naquele dia Deus me libertou e curou, e chegando em casa, minha esposa ficou surpresa com minha aparência e atitudes, estava calmo, sereno, ela não entendeu nada, como? se saí de um jeito e estava voltando de outro.

Falei a ela que tinha ido a um lugar onde uma pastora falou diretamente comigo e isso mudou meu ser. A levei para conhecer aquele lugar e lá chegando a pastora falou com minha esposa lhe revelando que ela era espírita!

O senhor restaurou nossa vida e nos abençoou com uma filha, a Gabriela. O que era impossível, pois minha esposa não engravidava, e hoje vivemos mais um milagre, segundo profecia dada pelo Senhor por intermédio da pastora Vânia, temos a nossa segunda filha, a Manoela!

Vivemos em um lar abençoado, somos oficiais na casa do Senhor, nossa filha Gabriela pertence ao ministério de dança da Desafio em Cristo, minha esposa é Diaconisa e o ex-skinhead, alcoólotra dentre todas outras coisas hoje mortas em Cristo, vive o Pastor Marcelo.

Deus nos devolveu a vida e restaurou nosso lar, e a paz que tanto procurei de várias formas e maneiras, me foi dada gratuitamente em Jesus Cristo. Hoje fazemos 13 anos de transformação e vida nova em Jesus.

A Ele todas as honras e glórias!



Pastor Marcelo e Diaconisa Rosana.