Em Defesa do Evangelho

domingo, 10 de janeiro de 2016

Perdoar...

O Perdão não apaga a recordação, mas a mudança sincera de atitude pode eliminar a dor no coração. 



Desentendimentos, brigas, separações e mágoas acontecem todos os dias pela falta de perdão. O perdão só existe porque todos nós podemos cometer erros e sem ele, seria impossível manter relacionamentos saudáveis com as pessoas.
Entretanto, apesar de ser tão importante, perdoar não é nada fácil, principalmente para aqueles que não seguem o que a Palavra de Deus orienta a fazer. Por isso, resolvi escrever cinco verdades bíblicas sobre o perdão. Em um primeiro momento, elas podem nos confrontar, mas, depois, vão nos direcionar a fazer a coisa certa:

1) Perdão não é uma escolha
É comum escolhermos o que vamos perdoar, baseados naquilo que acreditamos ser "perdoável" ou não. Algumas pessoas acreditam, por exemplo, que alguém que comete o mesmo erro conosco mais de uma vez, não merece ser perdoada. Então elas criam uma espécie de "escala de perdão".  Mas a Palavra de Deus nos mostra que, perdoar não é uma escolha, mas uma ordem! Veja o que Jesus disse: "Tomem cuidado. Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe. Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: ‘Estou arrependido’, perdoe-lhe" (Lucas 17:3-4).

2) Perdão não é um sentimento
Sentir vontade de perdoar é muito bom. Mas a verdade é que quase nunca isso acontece! Se analisarmos os nossos sentimentos, encontraremos raiva, mágoa e desejo de vingança em nosso coração.  Por isso a Bíblia nos mostra que o perdão não deve ser fruto da emoção, e sim da razão.
É claro que o sentimento pode estar envolvido no ato de perdoar, mas, se não estiver, a razão tem que prevalecer. Quando Pedro perguntou a Jesus sobre o quanto devemos perdoar, Ele deu uma resposta impactante: "Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?’. Jesus respondeu: ‘Eu lhe digo: não até sete, mas até setenta vezes sete’" (Mateus 18:21,22).
Só conseguiremos cumprir esse mandamento se tivermos uma vontade racional de perdoar e agradar ao Senhor. Se formos levados pela emoção, não vamos conseguir perdoar nem uma vez, quanto menos setenta vezes sete!

3) Perdão fingido não é perdão
Fingir o perdão é algo que muitas pessoas fazem, pois torna as coisas mais "fáceis". Eu mesmo já fingi ter perdoado uma pessoa só porque precisava continuar convivendo com ela. Mas depois de um tempo, Deus me mostrou que eu ainda não tinha perdoado, porque não era algo verdadeiro, vindo do meu coração. Então, eu chamei a pessoa e liberei o meu perdão com sinceridade. (Se você está sempre criticando e apontando os defeitos do outro, este é um sinal de que você ainda não perdoou esta pessoa).

4) Perdão não é esquecer
Conheço muitas pessoas que não liberam o perdão por acharem que, por elas se lembrarem do que ocorreu, significa que não houve o perdão. Mas, se nos basearmos nesse modo de pensar, nunca conseguiremos perdoar ninguém! Quando somos agredidos ou ofendidos de alguma forma, o nosso cérebro guarda aquelas informações tão intensamente, que dificilmente nos esqueceremos um dia.
Então, quando você perdoa, não significa que você esqueceu o que o outro fez com você, mas sim de que você não leva mais em conta. Quem perdoa, se lembra do que aconteceu, mas também se lembra que decidiu liberar perdão e isso traz paz ao coração. Veja o que Deus disse para o povo de Israel: "Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados" (Jeremias 31:34). Essa passagem diz que Deus não se lembrará mais dos pecados daquele povo, mas eu te pergunto: Será que o Deus Todo Poderoso pode se esquecer de alguma coisa? É claro que não! Com isso, o texto mostra que Deus não os culpa mais pelos pecados confessados, pois Ele já os perdoou.

5) Deus não aprova a falta de perdão
Mesmo diante de todas essas verdades citadas aqui, existem muitas pessoas que não estão dispostas a perdoar. O problema é que essa decisão coloca essas pessoas diante do julgamento de Deus: "Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas" (Mateus 6:14-15).
Pode parecer terrível, mas Deus não perdoa aqueles que não querem perdoar, pois Ele demonstrou o maior ato de perdão, ao enviar Seu Filho para morrer por nós, mesmo sendo tão pecadores! Por isso, a falta de perdão pode trazer muitas coisas ruins. Ela nos leva para longe da presença do Senhor e abre brechas para que o inimigo atue em nossas vidas. Em Isaías 59:2 está escrito: "As suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá".
Essa é uma das razões pela qual tantas pessoas sofrem com doenças físicas e emocionais. A falta de perdão e o distanciamento de Deus gera uma ferida espiritual muito grande na pessoa, que tende a aumentar com o passar do tempo.


Conclusão


Diante dessas cinco verdades sobre o perdão, não resta dúvidas de que perdoar é preciso. É o melhor caminho a seguir, por mais que seja difícil e fira o nosso orgulho. Muitas vezes, não perdoamos porque acharmos que somos melhores que os outros, mas devemos nos lembrar, que também temos defeitos e pecamos, e mesmo assim Deus sempre nos dá uma nova chance. Quando perdoamos, nós nos aproximamos de Deus e isso nos traz paz, saúde física, mental e espiritual. Por isso, se você foi ferido ou magoado por alguém e ainda não a perdoou, tome coragem e a procure o quanto antes. Deus se agradará de você te trará para mais perto Dele!

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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Alguém amou José

O Crack me tornou morador de rua por 9 anos

Venho de uma família humilde. Éramos em 4 irmãos, enquanto meu pai trabalhava para prover o sustento de todos, minha mãe, sempre muito amorosa, cuidava da casa e de todos nós. No período da minha infância, não fazia coisas erradas, era um garoto arteiro que gostava de estudar.
Durante a adolescência, cursando a 5ª série, sofri um acidente e fraturei a clavícula e nunca mais voltei à escola. Meu pai era pedreiro e aos 15 anos comecei a trabalhar com ele como ajudante.
Anos mais tarde, tudo parecia ir muito bem. Eu trabalhava, era casado, até que por curiosidade, por meio de más companhias, experimentei pela primeira vez a maconha e também passei a consumir bebidas alcoólicas.
Minha esposa era ótima para mim e eu era feliz, porém, mesmo fazendo uso da maconha só de vez em quando, nossa relação passou a se deteriorar.
Nessa época, meu irmão José Adão, decidiu ingressar no mundo do crime e aos 22 anos de idade foi morto em um confronto com a polícia. Foi muito triste, difícil de entender pois eu era o irmão mais velho e ele só tinha 22 anos. Passei também a me culpar por isso. Sua morte abalou toda a família e as coisas daí para frente iriam piorar muito.
Ao invés de abandonar as más companhias e o vício da maconha, reconstruir meu casamento e ser um braço forte para que eu e minha família pudéssemos superar a perda do meu irmão, sucumbi e, passei a consumir também a cocaína.
Minha mãe que já vinha adoentada, com a morte do meu irmão, entrou em uma depressão profunda e veio a falecer 6 meses depois da morte de meu irmão.
Lembro que uma semana antes de minha mãe morrer, eu havia decidido a mudar de vida, queria fazer tudo diferente, queria lutar para tentar salvar também o meu casamento que já estava por um fio. Mas não deu... Infelizmente, minha mãe morreu!
Eu tinha 26 anos nessa época, um lar, uma esposa e um filho bebê, o Gabriel Fernando. Um dia após enterrar minha mãe, sem ter como reagir ou tempo para pensar, minha esposa terminou comigo e mandou eu sair de casa. Realmente ela tinha razão, eu só dava mancada. Mas, não esperava por essa decisão dela naquele momento.
Voltei então, a morar na casa de meu pai. Porém, meu pai não era mais o mesmo após a morte da minha mãe, muito menos eu e ocorriam muitas brigas. Meu pai mudou, eu mudei, tudo havia mudado. Talvez se minha mãe ainda fosse viva, tudo poderia ser diferente, mas, não foi.
Eu era arrogante demais e logo tive que sair da casa do meu pai e fui morar com meu tio.
Nessa época eu trabalhava como ajudante de pedreiro em construção civil um “amigo” (entre aspas), me ofereceu aquilo que iria acabar de destruir a minha vida: 

O Crack.

Tentava parar, tentava mudar, mas, sentia muita dor muita raiva e só me afundava mais no vício. Não conseguia mais trabalhar, só fumava.
Para sustentar meu vício no crack, passei a roubar coisas da casa do meu tio, eram roupas, tênis, relógio e até mesmo alimentos que meu tio comprava para nos alimentar, tudo se transformava em pedras de crack.
O crack é uma droga que tira a pessoa completamente da razão a ponto de pensar que eu estava certo e todas as pessoas que eu amava estavam erradas. Ao passo que as pessoas da rua que usavam a droga junto comigo, elogiavam as minhas atitudes rebeldes e arrogantes e, eu achava tudo isso o máximo, já as pessoas que realmente se importavam comigo e vinham me dar conselhos, eu simplesmente as ignorava.
Meu tio sempre tentava me ajudar, tentava conversar comigo, mas, eu não aceitava, não achava que precisava de ajuda. As coisas continuavam sumindo de casa e as brigas iam aumentando até que não suportando mais, mandou que eu fosse embora de sua casa. A essa altura só me restava uma alternativa: a rua.
Foi horrível e doloroso. Tudo que eu fazia de errado quando morava com a família, passei a ter atitudes muito piores. Eu roubava mais, fazia pessoas que eu nem conhecia sofrerem, eu tomava coisas, invadia residências, eu bebia e fumava cada vez mais. Passei fome, frio, bati e também apanhei. Fui caçado como um animal.
Foi assim durante 9 longos anos da minha vida, morando em um buraco num terreno baldio em um lugar chamado Itapicurú na Freguesia do Ó, dividindo o espaço com inúmeros outros usuários de crack. Revirava o lixo para poder me alimentar.
Muitas vezes, à noite, no frio, com fome, eu pensava: “- O quê eu faço meu Deus? - Não tem mais jeito pra minha vida!” Sentia muita falta do meu filho.
Uma única vez, durante estes 9 anos, eu tentei ver meu filho. Aproximei-me do lugar onde ele morava e fiquei observando ele de longe, brincando com seus amiguinhos. Eu estava muito sujo e não queria que ele me visse naquelas condições. Sentia muita vergonha e não queria envergonhá-lo também.
A essa altura, já havia sido preso em razão de um furto, porém fiquei menos de um dia detido. Quando saí, tinha que voltar para o mesmo buraco, mas, as pessoas que eu havia lesado queriam tirar a minha vida. Cada vez mais eu era caçado e tinha que fugir e me esconder.
Já haviam se passado muito tempo e eu, já era tido como morto pela minha família até que um dia, um grupo de jovens do evangelismo da Desafio em Cristo liderados pelo meu irmão Fernado, estavam a procura de um rapaz chamado André “o Lasanha,” que também morava naquele lugar. Porém naquele dia, o Lasanha não estava lá, quem estava lá era eu. Foi quando perguntei para aqueles jovens: “...- E esta ajuda, tem para mim também?” E ele respondeu: “- Eu não posso te ajudar, mas Jesus pode!”
Autorizados pela pastora Vânia da Desafio, mesmo imundo e cheirando muito mal, colocaram-me dentro do carro do meu irmão Fernando e saímos rumo à uma clínica de recuperação.
No caminho, fizeram uma parada pois a própria pastora Vânia queria falar comigo. Me fez algumas perguntas: “-Você bebeu água hoje?” Eu respondi: “- Não.” – Quando foi a última vez que você se alimentou?” Respondi: “- Não sei.” Porém, me lembro de uma frase que ela disse antes de seguirmos a viagem:
“-Quero que você fique em pé para criar o seu filho,
antes que o mundo o adote!”
E seguimos para uma clínica de recuperação situada na cidade de Arujá em São Paulo, onde permaneceria lá pelos próximos 8 meses.
Lá era tudo diferente, eu tinha um teto, alimentação, ficava como uma criança embaixo do chuveiro, já não me lembrava mais de como era tomar um banho e dormir de roupas limpas. Lá pude meditar na Palavra de Deus e aprender a perdoar e se arrepender.
Com 2 meses de internação, recebi uma visita dos irmãos da desafio. Foi uma alegria muito grande que me levou as lágrimas de tanta emoção. Eles haviam localizado minha irmã caçula e a levaram até a clínica para se reencontrar comigo. Quando havia saído de casa, ela era apenas uma criança e naquela dia ela já era uma mulher.
Em uma outra oportunidade enquanto estava internado, recebi uma ligação, achei estranho pois eu nunca recebia ligações. Era o meu irmão Fernando na linha, quando atendi disse que uma pessoa queria falar comigo: Era o meu filho Gabriel. Eu só conseguia chorar e soluçar e perguntar se ele estava bem, não conseguia dizer mais nada.
Conforme o tempo ia passando e ia se aproximando o final do meu tempo de internação, eu ia ficando apreensivo pois não sabia ainda para onde iria depois que saísse da clínica. Será que a minha família me aceitaria de volta? Como seria a minha vida lá fora?
A fase de tratamento acabou, era hora de partir. Um grupo de irmãos da Desafio em Cristo vieram me buscar da clínica. Fui recebido com muito amor pelos irmãos na igreja e cheguei a morar por um pequeno tempo na casa de minha irmã.
Logo meu irmão Fernando conseguiu um emprego para mim. Comecei a trabalhar e hoje moro em uma pensão pertinho da igreja Desafio em Cristo.
Se não fosse pela pastora Vânia, eu não estaria aqui hoje, porque se não fosse por ela não existiria a Comunidade Evangélica Desafio em Cristo, assim como não existiriam suas ovelhinhas que com ela aprenderam a amar, pois só o amor pode mudar uma vida perdida, só com amor é possível demonstrar que o nosso Deus vive!
Hoje vivo sob um teto pago com o suor do meu trabalho, ajudo minha família e meu filho financeiramente. Tenho conta no banco, cartão de crédito (opa! Um ex-morador de rua?), telefone celular e já levei o meu filho no MacDonalds.
Na Desafio em Cristo, conheci Jesus, aprendi a valorizar a vida, não propriamente a minha, mas a vida de tantos outros que ainda não conhecem a Cristo e estão precisando de uma mão que os puxe para fora do buraco. Esse é o verdadeiro Evangelho que eu aprendi aqui, neste lugar abençoado por Deus.
“Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que não me buscavam; a um povo que não se chamava do meu nome, respondi: Eis-me aqui, eis-me aqui.”
Isaías 65:1
A Deus toda a honra e glórias!
 Frase escrita por José
 José Evangelizando
 José no dia da internação
J

Raimundo José

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Um dia, eu, um "Skinhead" e minha esposa que era espírita, fomos conhecer a Desafio em Cristo.


Deus nos devolveu a vida e restaurou o nosso lar!
Meu nome é Rosana e desde a minha infância aprendi a buscar a Deus no espiritismo, pois toda minha família era espírita e mesmo tendo uma religião, brigávamos muito não importava a data, dia das mães, natal, éramos distantes uns dos outros!

Fui criada com muitos medos, o que fez com que arrumasse um namorado só aos 18 anos. Como namorado, arrumei um jovem, que tinha uma vida complicada, ele bebia muito e freqüentava certos lugares com um único o objetivo: arrumar brigas.

Nesse mesmo tempo, tudo ia de mal a pior, meu namorado fazia terapia, pois estava com depressão e resolvi ficar do lado dele e aos 20 anos, mesmo contra a vontade de todos, casamos. Ajuntamos todos os papéis necessários e casamos no civil, mesmo diante de conselhos que diziam: " - não vai durar seis meses!"

Meu marido era muito nervoso e violento. Quando ele ficava assim, me trancava no banheiro e ali ficava até ele se acalmar, chorava muito com essa situação, pois tinha muito medo dele. Minha vida era triste e sem esperança.
Marcelo

Meu nome é Marcelo, e como a maioria dos garotos de origem humilde, comecei a trabalhar desde muito cedo, aos meus 11 ou 12 anos, fazia vários bicos e me sentia muito importante por causa disso. Minha mãe sempre se preocupou com os filhos, pois não queria que nós nos enveredássemos por caminhos errados; já com meu pai, o relacionamento não era nada bom, pois era sempre muito ausente.

Comecei a conviver na rua uma boa parte do tempo, e as amizades da vizinhança não eram nada boas. Logo, me auto intitulei por "função," movimento da época, cujos jovens, com um revólver 38 na cintura eram idolatrados pelos demais jovens. Cortei meu cabelo, fiz uma "risca," coloquei roupas parecidas com as desses garotos e pronto! Lá estava eu no "nipe," como diziam. Comecei a falar gírias de malandragem e freqüentar bailes onde bastava você olhar para uma menina acompanhada e pronto, você já era, estava morto. Essa era a lei da periferia, olhava e você morria. Realmente algumas mortes aconteceram nessa época. Alguns de meus amigos foram mortos, ou pela polícia, ou por outros "funções."

Com medo de ser o próximo, resolvi mudar de amizades, e as novas amizades que fiz, eram mais tranqüilas, passei a ouvir e a fazer o que eles gostavam. Ouvia muitas músicas do conjunto "Sepultura" e outras bandas do gênero, esses meus amigos saíam com freqüência e eu sempre com eles. Eles bebiam muito e eu acabei adquirindo esse vício também, falávamos que era para dar mais emoçÃo, muitos deles tinham carros, motos e fazíamos muitos "rachas" pela cidade, vivíamos metidos em confusão. Nessa época virei pichador e meu nome de guerra era "cebola."

Parei de estudar, as baladas se tornaram freqüentes e vários de meus amigos começaram a aumentar o consumo de drogas. Do rock que ouvia, surgiram outras tendências, e fui descobrindo outros movimentos e ideologias. Comecei a mudar meu modo de vestir, de cortar o cabelo e de encarar a vida.

Uma das bandas que me influenciou foi a "Garotos Podres." Nessa época me identifiquei demais com a revolta contra o sistema, contra o consumismo, contra a influência norte americana e assim fui de mal a pior. Foi nessa mesma época, que conheci um movimento originário do ABC chamado "Carecas de subúrbio" mais popularmente conhecido como "Os carecas do ABC." Ou seja, me tornei um SKINHEAD!

Tinha meu próprio "tchaco." com um enorme prego infincado na ponta. Interessei-me por "Kung-Fu." Saíamos nas noitadas e por nada, já acontecia pancadaria. Só não me batizei no famoso "dia-do-OI" porque sabia que iria passar por coisas muito desagradáveis, mas mesmo assim, fui aceito pelo grupo e passei a ser um careca do ABC!

Quanto mais os dias se passavam, maior se tornava minha agressividade, e muitas vezes, mesmo sem ter motivos tinha vontade de sair quebrando tudo! Era algo incontrolável. O sentimento de pavor que causava nas pessoas me fazia muito bem, ia a shows só para dar chutes e cotoveladas nas pessoas e não demorou muito e os primeiros sinais de depressáo começaram a aparecer em minha vida. Já era o que mais participava de "viras" Ou seja: Nada me derrubava, bebia todas e havia me tornado um alcoólatra com menos de 18 anos!

Fiz terapia por um bom tempo, e assim que parei com as consultas com o terapeuta resolvi me casar. Nessa época, tinha apenas 19 anos. A depressão profunda que sentia fazia-me sentir como o pior dos seres humanos, e achava que todos os problemas eram por minha culpa e pensava constantemente em tirar a própria vida.

Com o passar do tempo, troquei meus antigos hábitos por outros piores. De "campeão de Vira" comecei também a freqüentar diversos lugares de pornografia e prostituição, mesmo sendo casado! Conheci desde as mais requintadas boates de strip-tease da rua Augusta, como as "bocas de lixo" da Avenida São João. Acho que conheci todos os lugares de prostituição da cidade de São Paulo! Era um cara viciado em sexo, pornografia, filmes pornôs, revistas pornográficas e sex-shop.

Minha Esposa Rosana, sofria com essa situação, pelo menos por duas vezes a agredi fisicamente, e o fazia também com palavras por diversas vezes. Uma das certezas sobre minha vida, que tinha desde minha infância, era de que não viveria muito tempo e diante de todas essas situações, eu estava certo de que morreria logo.

Nesse quadro, passei a fazer minha segunda terapia, dessa vez, os métodos eram bem diferentes; coisas relacionadas a cromoterapia, energias etc. Não tive nenhuma melhora, muito pelo contrário eu só piorava.

Certa ocasião quando estava trabalhando, passei muito mal e fui levado às pressas ao pronto socorro e tive que ficar 15 dias de licença. Quando retornei ao meu trabalho, encontrei um homem na rua que me parou e disse: " - Deus tem uma obra a fazer em sua vida!" Não entendi nada, mas exatamente um ano depois desse ocorrido, após mais uma das brigas que tive com minha esposa, fui convidado por um colega de serviço a conhecer um lugar com ele, e lá fui eu conhecer a "Desafio em Cristo."

Estava sentado ouvindo o que a pastora Vânia estava dizendo, quando ela vira pra mim e diz: " - O Senhor tem uma obra pra fazer em sua vida" e completou: " - Você já ouviu isso antes!" Fiquei impressionado, foram as mesmas palavras ditas por aquele desconhecido a exatamente um ano atrás. Naquele dia Deus me libertou e curou, e chegando em casa, minha esposa ficou surpresa com minha aparência e atitudes, estava calmo, sereno, ela não entendeu nada, como? se saí de um jeito e estava voltando de outro.

Falei a ela que tinha ido a um lugar onde uma pastora falou diretamente comigo e isso mudou meu ser. A levei para conhecer aquele lugar e lá chegando a pastora falou com minha esposa lhe revelando que ela era espírita!

O senhor restaurou nossa vida e nos abençoou com uma filha, a Gabriela. O que era impossível, pois minha esposa não engravidava, e hoje vivemos mais um milagre, segundo profecia dada pelo Senhor por intermédio da pastora Vânia, temos a nossa segunda filha, a Manoela!

Vivemos em um lar abençoado, somos oficiais na casa do Senhor, nossa filha Gabriela pertence ao ministério de dança da Desafio em Cristo, minha esposa é Diaconisa e o ex-skinhead, alcoólotra dentre todas outras coisas hoje mortas em Cristo, vive o Pastor Marcelo.

Deus nos devolveu a vida e restaurou nosso lar, e a paz que tanto procurei de várias formas e maneiras, me foi dada gratuitamente em Jesus Cristo. Hoje fazemos 13 anos de transformação e vida nova em Jesus.

A Ele todas as honras e glórias!



Pastor Marcelo e Diaconisa Rosana.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Deus nos chamou para impureza



Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais. Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus.
Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição; Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo. Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros; Porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a macedônia. Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto aumenteis cada vez mais. E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; Para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma. Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Comunidade Desafio em Cristo



Somos Igreja

Deus tem sido o centro de todas as decisões da Comunidade Evangélica Desafio em Cristo, e como objetivo primordial prezamos pela divulgação da verdade do evangelho de Jesus Cristo e a soberania de Deus em sua onipotente graça.

Em seus objetivos está a restauração da família no pleno conhecimento de Deus em sua vontade para com os lares, a restauração do caráter daqueles que tem sido vítimas das várias formas de escravidão e vícios.

Nós como igreja, trabalhamos em união para que as vidas que o Senhor tem agregado à igreja sintam-se como parte da família Desafio em Cristo. Como evangelizadores, procuramos respeitar o próximo em todas as situações e características de cada um, levando um evangelho sadio e estruturado nos ensinamentos de Jesus Cristo que viveu e ensinou o significado da palavra "amor."

Assim sendo, estaremos sempre de coração aberto e mãos estendidas a todos que buscam a Deus na grandeza do seu amor e poder.

http://www.desafioemcristo.com.br/

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Meu Testemunho




Testemunho
Drogas, crimes e prostituição
A caminho da morte!

Crack. Tire essa pedra do seu caminho!


Meu nome é Fernando Eduardo Neves

Ao contrário do que muitos possam imaginar, nasci em uma excelente família. Meus pais sempre se dedicaram ao máximo para me garantir segurança, bem estar e a melhor educação. Por ela, fui muito bem recebido e nunca me faltou amor.

Minha história começou bem cedo, enquanto ainda no ventre, minha mãe teve sete ameaços de aborto, mas por alguma razão, de todas elas o Senhor Deus me livrou.

Desde a infância, tinha uma verdadeira propensão a fazer coisas erradas. Dei muito trabalho na escola, fui pixador e já aos 13 anos, apaixonado pelo futebol, fazia parte de torcida organizada.

Aos 14 anos, vieram os primeiros vícios: o cigarro e o álcool, logo depois a maconha e já aos 17 comecei a usar cocaína. Aos 21, conheci o sexo por dinheiro e comecei a me envolver com mulheres mais velhas, o que para mim, parecia tudo normal.

Aos 28 anos, conheci o crack.

Como líder de torcida organizada, participei de emboscadas contra torcedores de outros times, e pratiquei atentados contra casas e ônibus de torcedores.

Certa vez, acompanhando o time em uma excursão a outro estado, um amigo levou um tiro de uma arma calibre ponto 40. Ele ficou um mês em coma antes de morrer, ...como eu me culpava por isso!

Os dias se passavam e cada vez mais eu ia me enterrando no crack. Inicialmente 10 pedras, depois 15. Perdi meu emprego, ficava dias sem dormir. Não tinha mais controle sobre minha própria vida.

Construí um muro ao meu redor onde ninguém conseguia penetrar. Passava o dia em um cemitério usando a droga. Lá, ouvia minha mãe a me chamar! Era aterrador.

Minha família interveio, e me internaram em uma casa de recuperação. Eu sabia que precisava de ajuda, mas 15 dias depois, já achava que estava bom e voltei pra casa. Continuei bebendo e mantive o mesmo círculo de amizades. Três meses depois não resisti e voltei para as drogas.

Posteriormente, busquei ajuda com um psicólogo e passei a tomar remédios. Permaneci algum tempo em casa, mas novamente caí nas drogas. Minha família novamente me internou, só que desta vez, em um hospital psiquiátrico. Três dias depois fui expulso de lá por conta de um mal entendido. Achei que não haviam mais esperança para mim e mais uma vez, voltei para as drogas.

Tornei a perder o emprego que há pouco havia conseguido. Para um homem de 1,70m cheguei a pesar 46Kg. Passava de 5 a 6 dias sem retornar pra casa. Nessa época por conta dessa situação, até o casamento de meus pais estava por um fio.

Perambulava pelas ruas revirando lixo à procura de latinhas ou coisas para vender e trocar por droga. Sabia o quanto estava fazendo minha mãe sofrer, queria sair das ruas, mas não encontrava forças. Decidi que precisava ser internado muito embora sabendo, que por vezes, já havia fracassado. Mesmo assim pedi ajuda a meu tio.

Minha vida iria mudar: Casa de Recuperação Missão Libertar
Estrada Municipal São Benedito do Fógio, 1071
Lagoinha - Jacarei - SP - Brasil

Quatro dias depois estava internado. Na clínica, passei 5 dias dormindo, só acordava para comer. Comecei então a arrumar confusão para ir embora. Fazia de tudo, ofendia e enganava, contudo, passados 14 dias ainda me mantinham lá.
Certo dia, um rapaz veio até mim e me disse algumas coisas que muitos já haviam me falado antes, porém percebi que foi diferente, algo começou a mudar em minha vida

Com 21 dias, tive minha primeira visita da família. Chorei muito. Deus começou a quebrantar o meu duro coração.

Com um mês e três dias fui convidado a ser um dos monitores da clínica. Em quatro meses recebi alta, fato este que só havia acontecido com dois outros rapazes que saíram antes de seis meses de internação.

Depois de sair, passei a procurar uma igreja. Pedindo a Deus que preparasse um lugar, em um sábado, passando em frente a igreja Desafio em Cristo, resolvi entrar e fui recepcionado por um irmão muito atencioso.

Na Desafio em Cristo, tenho me fortalecido na Palavra de Deus e aprendido a andar com Ele. A Pastora Vânia tem sido muito importante na minha vida. Hoje entendo que a medicina, a ciência e a bondade dos homens podem ajudar, mas só Deus pode transformá-las de fato. Por isso, tantas vezes antes havia fracassado.

Embora muitos dissessem que eu cairia novamente, em julho de 2011 completei um ano de Desafio de Cristo e estou limpo! para a Honra e Glória do Senhor Jesus.

No passado, ingressei muitos jovens nas coisas ruins, mas hoje Deus tem me dado Graça e levei mais de 195 dependentes para www.missaolibertar.com.br/
Hoje falo de Cristo!

Minha família hoje está unida e feliz.


Fernando